Por entre as árvores de larga copa e de tronco alto, surgem a espaços grandes clareiras silenciosas e de um verde intenso, a convidar para um piquenique.

Canoas coloridas varadas no calhau, e ali, o mar tingido de azul!
Imagens que ressuscitam saudades enroladas pelo tempo.

Os jardins já se encontram verdes, floridos e perfumados!

Colhi um ramalhete.

Parei especado lá no cimo do penhasco e vi diante de mim a encosta aos ziguezagues com o mar lá ao fundo. Entre mim e o lugar que me rodeava nasceu um silêncio, aquele silêncio que a terra, a água, e o vento nos impõe quando estamos dispostos a ouvi-los.

Hoje, vou desenhar sonhos!
Voltei ao lugar onde deixei os meus pensamentos.

E um intenso rubor
cobriu-as.

Ruínas

Feridas de morte,
Agonizam em esplendor.

São como espadas com seus gumes cortantes
Ou como tentáculos, aprisionando o olhar!

São ágeis a trepar os muros e as varandas na ânsia de se debruçarem sobre os caminhos, espreitando quem passa.